Quando tinha seis/sete anos, eu estava brincando de escorregar com um papelão em um barranco de terra e, após uma das decidas, quando estava subindo novamente este barranco, que não era alto, meu pé acabou deslizando e na queda acabei abrindo a sobrancelha direita em um arame farpado da cerca que ficava bem do lado. Era o barranco no meio, a cerca de um lado e a rua de outro.
Resultado: Um pequeno zumbi da série The Walking Dead, correndo todo ensanguentado em busca de ajuda, com a pele totalmente caída sobre o olho, que foi parar no hospital e levando cinco pontos, além da bronca da mãe.
Percebeu o que fiz aqui?
Eu contei uma história, humanizando um conteúdo em que o tema é COMO ENCONTRAR O SEU TOM DE VOZ para se comunicar com a sua persona, o seu público.
É fato que o povo brasileiro adoooooora histórias, e a que acabei de contar gerou vários HACKS de associação com quem viveu essa época de escorregar com papelão por barrancos de terra e grama.
Alguns com acidentes mais graves, outros apenas com joelhos ralados, roupas imundas e puxões de orelha da mãe.
Agora pense no seu tom de voz como se ele fosse três C's.
Cultura, Comunidade e Conversação
Cada um destes C's está na história real que acabei de contar.
O C da cultura, me carimba como alguém de uma geração que brincava na terra e defende isso até hoje para as crianças. Mais terra e grama e menos telas.
O C da comunidade, me conecta, me faz pertencer com quem deslizou pelos barrancos da infância.
Quer outro hack que vai nos conectar a mesma comunidade?
Bailinho nas garagens aos domingos a tarde!
Automaticamente você lembrou que os meninos levavam coca batizada, as meninas doces e salgados, lembrou até daquela música lenta e da maldita vasoura que batia ao lado bem quando você estava dançando com a menina ou menino que você gostava.
E o último C, da conversação, que foi colocar nesta história a minha personalidade e autenticidade.
Agora pense nestes três C's, como uma importante ferramente para definir o SEU TOM DE VOZ.
O C da Cultura deve falar no que sua marca acredita, quais seus valores, o que te faz diferente, sua missão, visão. O que faz da sua marca ser especial.
O C da Comunidade é saber exatamente quem é seu público alvo, como eles agem, interagem, se vestem, que carro utiliza, fazendo com que você se comunique e seja compreendido facilmente.
E o C da Conversação é justamente onde você vai colocar sua personalidade e autenticidade, fazendo com que você não seja uma cópia e através dela, da conversação, você contribua com seu público.
Eu por exemplo, sou fotógrafo, retratista e conto histórias de sucesso através da fotografia.
Mas eu quero deixar pra você como bonus, um outro C. Mas sobre ele, falaremos em uma próxima oportunidade.
Agora pensa aí e se quiser, me conta nos comentários: Que história da infância te conectaria com o seu público hoje?